quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

o silêncio e os ritmos

Minha amiga Isa diz que eu sou do povo da floresta e que o teatro que fazemos é feito com as máscaras mais lindas, o silêncio e os ritmos. Eu respondo ah... quem me dera... se eu dançasse assim é que era bom... Se eu dançasse o silêncio que espreita em minha alma sei que dançaria lindamente e não precisaria talvez pensar tanto. Não tenho nada contra o pensar nem contra os poemas feitos de palavras. Não. Mas dançar o silêncio é que leva a gente pela água, rio acima, mar adentro, as folhas nos ouvidos, o vento, a pele líquida. É onde estão os segredos profundos. Os segredos que não foram feitos para serem sabidos, mas para serem dançados com as máscaras mais lindas e a alegria furiosa da vida toda levantada em nós. Quem me dera, menina Isa, quem me dera...

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